quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A FORÇA

       Não dá para entender esta força que constrói e mantém viva a vida. Libido, kundaliní, ki, Prana, Essência, desejo..., e tantas outras denominações para dizer da "Força" que nos faz pensar, decidir, refletir, agir, morrer ou, simplesmente parar, estagnar, matar, reagir, fugir, enlouquecer, ..; ou então superar, amar, doar, respeitar, iluminar, construir, ajudar, morrer por alguém, ser altruísta, criar, cuidar, ter fé, mudar...
       Pode-se escrever páginas e paginas com nomes, adjetivos, verbos e tantos filosóficos quanto religiosos, usando mais e mais vocábulos, rebuscando toda a linguística para falar desta "Força", e continuar sem entender dela, sem perceber-se nela, e penetrar nesta "Força", sem que se perca profundamente e caoticamente nela. 
       Os induístas, budistas, taoístas em suas meditações chegam perto de seu controle absoluto, mas apesar de chegarem muito perto, não conseguem dominá-la e usá-la, direcionando-a para o seu bem estar e evolução espiritual, sem que não padeça de terríveis penas, suplícios, privações, isolamentos, abstinências e grandes sacrifícios.
       No percorrer da história da humanidade, tantas histórias, contos, fábulas e tragédias nos contam de heróis que chegaram a uma purificação, que possibilitaram o uso da "Força" a sua vontade, mas pagaram um alto preço, até chegarem a este ponto.
       Mas aonde quero chegar com esta reflexão? A um beco sem saída? a somente um desabafo filosófico? Não. Quero chegar ao ponto crucial de que podemos superar tudo isto sem tantas penas e perdas. Podemos ter simplesmente a "COSCIÊNCIA" da "FORÇA" e então viver a própria "FORÇA" em toda a sua plenitude. Mas chegar até este ponto, pode ser um percurso doloroso o simplesmente uma passagem, como se cruzasse uma porta, suplantando os "desejos", as "pulsões". Cabe a cada um descobrir em si mesmo a chave desta porta, que está escondida bem dentro do próprio espírito. Boa Sorte.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

ADOLESCENDO A ADOLESCÊNCIA

Existe uma briga ferrada entre os teóricos, filósofos e psicólogos que tratam do tema adolescente, que fica girando em torno de argumentos óbvios que se complementam do total do processo do ser adolescente.
Todo ser humano passa pelo período que leva o indivíduo da sua fase infantil e lúdica, com suas representações de um mundo imaginário e próprio, para um mundo real e pragmático, isto é, de um mundo subjetivamente onírico, para um mundo subjetivamente pragmático e material. Parece um contra censo falar de subjetivo pragmático, mas como não existe nada real ou concreto, mas sim, um mundo real e subjetivo, este termo pode ser considerado válido. 
Esta passagem, se podemos dizer passagem ou transição, para uns se dá por processos biopsicológicos e para outros por processos construídos pelo padrão psico-social vivido pelo indivíduo chamado adolescente, sem o qual esta adolescência não existiria.
Ora, minha reflexão, chega até aqui, é que, extraindo destas duas formas de encarar a adolescência, o fato de que, de um lado, o ser humano, é ser um ser biologicamente formado, do reino animal, portanto condicionado a todos os processos biológicos de sua categoria, de onde encontramos uma adolescência "instintual", estudável e observável; do outro lado, temos um ser onde o meio e a cultura na qual está inserido, modelam, conduzem, condicionam os processos biológicos que naturalmente ocorrem neste corpo animal.
Não se pode deixar de considerar, o fato de que além da sua estrutura biológica, e da sua inclusão social, o ser humano tem uma capacidade de se relacionar com fatos que sobrenaturalmente fornecem dados para uma construção de uma "religiosidade", entendida como uma procura de si mesmo, da sua origem, do principio do principio, que termina na concepção de algo maior que o próprio ser, além do ser, como autor da criação. 
Aqui encontramos a trilogia que pode encerrar como o ser humano enfrenta as suas diversas fases de nascimento, amadurecimento e morte: o biológico, o socio/filosófico e o sobrenatural. A partir desta triade, podemos começar a entender a própria adolescência, como outros processos de iniciação ou passagem na vida de cada ser humano.
Fortaleza, Ceará - Brasil  07/02/2015 - José Sarubby